Deficiência intelectual e autismo: compreender para desenvolver

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A deficiência intelectual (DI) e o Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) são ambos distúrbios do desenvolvimento. Considerados comuns, eles podem se manifestar juntos na mesma pessoa. Estima-se que, combinados, afetam entre 3-5% da população. Para se ter uma ideia, uma pesquisa feita pelo CDC (Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos) revelou que cerca de 40% das pessoas com autismo têm DI.

Individualmente, a deficiência afeta 1-3% da população e o TEA pode atingir 1 em cada 50 crianças em idade escolar. Ambas as condições são heterogêneas, ou seja, tem suas causas consideradas variáveis, decorrentes de fatores genéticos, epigenéticos e/ou fatores ambientais.

Mas, o que é a deficiência intelectual?

Antigamente chamada de “retardo mental”, trata-se de uma condição caracterizada pelo funcionamento intelectual abaixo da média, ou seja, um quociente de inteligência (QI) abaixo de 70. Entende-se por “funcionamento intelectual” a habilidade de raciocinar, resolver problemas, planejar, refletir e aprender.

Soma-se a isso limitações no funcionamento adaptativo, que referem-se a aptidão da pessoa de se comunicar, bem como sua capacidade de integração social e de cuidar de si de maneira independente, tais como se alimentar, vestir, caminhar e etc.

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Caso a criança com TEA esteja enfrentando dificuldades de aprendizagem ou de comunicação, pode ser que ela apresente déficit intelectual.

Compreender estas características é fundamental para que seja possível identificá-las em um indivíduo com o espectro do autismo. Com base nestas informações será possível introduzir um tratamento adequado, levando em conta a funcionalidade intelectual e adaptativa e, assim, melhorar as ferramentas empreendidas para desenvolver suas habilidades.

Tenha em mente sempre que autistas veem, ouvem e sentem de forma diferente. Sendo assim, o autista pode ter inteligência acima, abaixo ou na média. Por isso, em cada situação há diferentes níveis de suporte para que ele possa extrair o máximo de seu potencial intelectual, psicológico e cognitivo, podendo assim levar uma vida digna e, em sua maioria, com autonomia e independência para realizar suas atividades.

Leia também em NeuroConecta: O que é autismo

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Referências:

Car autism Road map. Intelectual disability and ASD. The Children’s Hospital of Philadelphia. Disponível em <https://www.carautismroadmap.org/intellectual-disability-and-asd/

Perou R, Bitsko RH, Blumberg SJ, Pastor P, Ghandour RM, Gfroerer JC, Hedden SL, Crosby AE, Visser SN, Schieve LA, Parks SE, Hall JE, Brody D, Simile CM, Thompson WW, Baio J, Avenevoli S, Kogan MD, Huang LN. Surveillance summaries. Suppl 2. Vol. 62. Washington, D.C.: 2013. Mental health surveillance among children–United States, 2005-2011. Morbidity and mortality weekly report. pp. 1–35. 2002. [PubMed] Disponível em <https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23677130

Srivastava AK, Schwartz CE. Intellectual Disability and Autism Spectrum Disorders: Causal Genes and Molecular Mechanisms. Neuroscience and biobehavioral reviews. 2014;46 Pt 2:161-174. doi:10.1016/j.neubiorev.2014.02.015. Disponível em <https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4185273/

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Dra. Fabiele Russo

Dra. Fabiele Russo

Neurocientista especialista em Transtorno do Espectro do Autismo (TEA). Mestre e Doutora em Ciências pela Universidade de São Paulo (USP). Cofundadora da NeuroConecta.